sábado, 10 de janeiro de 2009

o mundo aos cinco anos |saudade|

Desta vez não é nenhuma postagem de alguma história dos meus queridos aluninhos. É apenas uma maneira de dizer a eles, mesmo que ainda não saibam ler, que sinto muito a falta deles...
Este ano não será a mesma coisa sem vocês, alegrando as minhas tardes, e só espero que a próxima turminha seja tão especial quanto a de vocês!
Agora uma eu vos digo: vocês eram craques em lembrar das minhas promessas, lembram-se disso? Pois agora é minha vez de cobrar vocês, e TODOS prometeram me visitar VÁRIAS vezes ao longo do ano!
Felizmente aos cinco anos, promessa ainda é promessa, e nem precisarei me preocupar com isso. Em qual idade exatamente será que uma promessa passa a ser opcional? Vai entender os adultos...

SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! SAUDADE! (uma saudade para cada, para não brigarem, hein!)

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

o mundo aos cinco anos |fora|

Tentando colocar alguma ordem numa pequena pilha de desenhos livres, pedi que as meninas me ajudassem a identificar quem havia desenhado cada um. Por motivo de fluidez, utilizarei nomes fictícios no restante desta história.

Eu: De quem é esse desenho?

Mari: Parece do Lucas!

Eu: Ok, Lucas, anotado, e este daqui, de quem será que é?

Paula: Ah, esse é do Henrique!

Eu: Muito bem, anotado, e este?

Ana: Esse é meu!

E assim continuamos, até que de repente...

Eu: E esse aqui, é de quem?

Mari: Ui credo, meu que não é, eu nunca faria uma rabisqueira dessas!

Eu: Peraí, agora que estou vendo... tem um nome aqui atrás... Paula.

Estando a Paula bem ao lado dela e ainda por cima sendo uma de suas melhores amigas, Mari logo emendou:

- Nossa, Paula, mas ficou lindo seu desenho!

Paula sorriu, genuinamente satisfeita com o elogio.

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o mundo aos cinco anos |ponto de vista|

Há uma pequena brincadeira que às vezes faço com meus alunos quando estão brincando na hora do recreio, que consiste em chegar devagar atrás deles, tampar os seus olhos com as minhas mãos e dizer:

- Adivinhe quem é!

O primeiro ponto interessante desta história é que sempre acertam de primeira, talvez por eu ser a única pessoa com voz de adulto por perto naquele momento, mas mesmo não sendo um grande desafio, me delicio vendo a alegria deles em acertarem que sou eu.

A segunda parte desta história ocorreu recentemente. Após milhares de acertos prévios, decidi indagar uma aluna como ela soube tão rapidamente que era eu quem tampava os seus olhos. Esperando a resposta "por causa de sua voz", eis o que me respondeu:

- Porque sua mão é macia!!

Juro, por essa eu não esperava.

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

o mundo aos cinco anos |vestindo a carapuça|

O dia estava frio, então decidi começar a aula dentro da sala com a porta e as janelas fechadas, com o intuito de minimizar o fluxo de ar. Já mais quentinhos, nem vimos os minutos passarem, até que a outra professora veio buscá-los para a aula de português. Após abrir a porta da nossa sala, a professora exclamou ao entrar:

- Nossa, que bafo que está aqui dentro!

Rapidamente, a aluna mais próxima dela responde, colocando a mão na boca:

- Ai professora! Fui eu que não escovei os dentes depois do almoço hoje!

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

o mundo aos cinco anos |o ovo e a galinha|

O tema era ovos. Falamos sobre ovos, observamos ovos, fizemos e comemos ovos mexidos e lemos uma história sobre uma menina que precisava comprar ovos. Na metade da história, a personagem do livro questiona para si mesma quem teria vindo antes, o ovo ou a galinha. Como todo bom professor, me aproveitei da situação e lancei a mesma dúvida a eles:

Eu: Quem vocês acham que veio primeiro, o ovo ou a galinha?

Todos os alunos: A galinha!

Eu: Ah, ok, mas... de onde veio essa galinha?

(silêncio curto)

Quase todos juntos: De um ovo!

Eu: Certo, mas... quem botou esse ovo?

(silêncio um pouco mais longo)

Alguns alunos: Uma galinha!

Eu: Aham, mas... e de onde veio ESSA galinha?

(silêncio e algumas piscadas de olhos)

Três alunos: De um ovo...

Eu: Aham, aham... e esse ovo...

(silêncio e muitas piscadas de olhos)

1 aluno: Veio de uma galinha...

Eu: Muito bem, mas... e de onde veio ESSA galinha?

O silêncio agora era absoluto e mais nenhum olho piscava, mas era quase possível ouvir seus cérebros tentando fazer algum sentido daquilo tudo. Terminei a história com aquela agradável sensação de dever cumprido. Afinal, nada como a inquietação para nos levar mais próximos à verdade.

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

o mundo aos cinco anos |argumentação|

Como é de costume, tudo corria bem até o momento em que o desentendimento se estabeleceu, gerando a seguinte discussão curta e objetiva:

- Não sou mais sua amiga!

- Você é minha amiga SIM, EU que não sou mais sua amiga!

Diante de tal argumento com pouca margem para resposta, a amiga que primeiramente deserdou a sua amiga e que foi em seguida reerdada para ser impiedosamente deserdada no sentido contrário no instante seguinte se afastou, e as duas só voltaram a brincar juntas dois minutos depois.

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sexta-feira, 20 de junho de 2008

o mundo aos cinco anos |fome|

De repente, o Power Ranger preto foi surpreendido:

- Agora vamos todos juntos... Hey! Cadê a pink Power Ranger e a Power Ranger branca?

Ouviu-se uma voz distante... era justamente a pink Power Ranger, que brincava na areia com a Power Ranger branca e gritava:

- Estamos aqui! Estamos fazendo um bolo! A gente já vai!

Neste instante o Power Ranger preto virou para o Power Ranger vermelho e perguntou:

- Os Power Rangers fazem bolo?

O Power Ranger azul, já correndo em direção à areia, se intrometeu:

- Ah, até os Power Rangers têm fome!

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